terça-feira, 14 de setembro de 2010
terça-feira, 10 de agosto de 2010
Depois de um tempo sem postar...estou de volta..com mais informações...
Especialistas avaliam produtos e facilitam a escolha de quem quer comprar sem agredir o meio ambientePor Carlos Santos às 11h33 de 29/07/2010Sempre quando vamos comprar algo e decidimos escolher por produtos que sigam o caminho da sustentabilidade nos deparamos com uma quantidade imensa de marcas que se dizem verdes.
Mas como identificar quais delas agem de acordo com a natureza?
Leia também:
A resposta para essa pergunta foi desenvolvida por um professor da Universidade da Califórnia. O também ambientalista Dara O’Rourke criou o site GoodGuide. Nesta plataforma estão cadastrados mais de 65 mil produtos que recebem uma nota de 0 a 10, segundo seu impacto ambiental.O GoodGuide tem uma equipe de especialistas de várias áreas, como química, nutrição e engenharia ambiental, que fazem a avaliação de cada aspecto do produto.
O site de pesquisa também funciona como um aplicativo para celulares e iPhones. O download é feito gratuitamente no site e para ter acesso às informações basta escanear o código de barras do produto.
O serviço está disponível apenas para os Estados Unidos
Sempre quando vamos comprar algo e decidimos escolher por produtos que sigam o caminho da sustentabilidade nos deparamos com uma quantidade imensa de marcas que se dizem verdes.
Mas como identificar quais delas agem de acordo com a natureza?
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O GoodGuide tem uma equipe de especialistas de várias áreas, como química, nutrição e engenharia ambiental, que fazem a avaliação de cada aspecto do produto.
O site de pesquisa também funciona como um aplicativo para celulares e iPhones. O download é feito gratuitamente no site e para ter acesso às informações basta escanear o código de barras do produto.
O serviço está disponível apenas para os Estados Unidos
segunda-feira, 10 de maio de 2010
Petróleo faz com que aves deixem de voar e de mergulhar
As aves aquáticas estão entre as principais vítimas de desastres ambientais como o do Golfo do México. Os primeiros animais com o corpo coberto de óleo do vazamento da plataforma Deepwater Horizon foram achados na costa da Lousiana. O simples peso do óleo sobre as penas muitas vezes as impede de voar ou de nadar.
“As aves marinhas possuem um óleo natural que cobre o corpo e as possibilita de mergulhar no mar sem afundar”, explica Leandra Golçalves, coordenadora da campanha de oceanos do grupo ambiental Greenpeace. O pelicano pardo, a garça branca-avermelhada e o pato da Flórida estão entre as espécies em risco.
O filme que envolve os animais também altera seu equilíbrio térmico, e eles podem morrer de frio ou de calor, dependendo da estação. Isso não acontece apenas com as aves, mas também com mamíferos como baleias, golfinhos e leões marinhos. Para piorar, a ingestão do combustível derramado na água gera intoxicações graves nos animais.
Entre as espécies ameaçadas no acidente estão as tartarugas marinhas, a baleia cachalote e o atum azul - o Golfo do México é o único local de reprodução dos peixes dessa espécie que vivem no Atlântico.
De acordo com o International Tanker Owners Pollution Federation Limited (ITOPF), grupo especializado em desastres ambientais, o plâncton, do qual se alimentam diversos seres aquáticos, é claramente contaminado pelo petróleo em pesquisas laboratoriais. Entretanto, esses organismos são difíceis de serem estudados em seu próprio habitat, o que torna difícil mensurar os danos.
A coordenadora do Greenpeace lembra que o acidente não poderia ter ocorrido em momento pior. O mês de abril é temporada de reprodução de peixes, pássaros, tartarugas e outras criaturas marinhas no local. Por instinto, os bichos tendem a se assentar e, com isso, não conseguem fugir a tempo de se salvar. Segundo afirmam pesquisadores, 90% de todas as espécies marinhas do Golfo do México fazem uso das regiões costeiras e dos estuários do Rio Mississipi ao menos uma vez na vida para reprodução.
Ave coberta de petróleo é resgatada após vazamento no Golfo do México
- Parte solúvel do petróleo é cancerígena e prejudica reprodução de animais
- Entenda como é o trabalho de remoção de petróleo após acidentes
- Desastre ambiental pode se tornar o maior da história dos EUA; ventos alastram vazamento
- Veja fotos do vazamento de petróleo no Golfo do México
- Veja imagens de outros vazamentos de petróleo no Brasil e no mundo
- Petróleo é composto por várias classes de hidrocarbonetos
As aves aquáticas estão entre as principais vítimas de desastres ambientais como o do Golfo do México. Os primeiros animais com o corpo coberto de óleo do vazamento da plataforma Deepwater Horizon foram achados na costa da Lousiana. O simples peso do óleo sobre as penas muitas vezes as impede de voar ou de nadar.
“As aves marinhas possuem um óleo natural que cobre o corpo e as possibilita de mergulhar no mar sem afundar”, explica Leandra Golçalves, coordenadora da campanha de oceanos do grupo ambiental Greenpeace. O pelicano pardo, a garça branca-avermelhada e o pato da Flórida estão entre as espécies em risco.
O filme que envolve os animais também altera seu equilíbrio térmico, e eles podem morrer de frio ou de calor, dependendo da estação. Isso não acontece apenas com as aves, mas também com mamíferos como baleias, golfinhos e leões marinhos. Para piorar, a ingestão do combustível derramado na água gera intoxicações graves nos animais.
Entre as espécies ameaçadas no acidente estão as tartarugas marinhas, a baleia cachalote e o atum azul - o Golfo do México é o único local de reprodução dos peixes dessa espécie que vivem no Atlântico.
De acordo com o International Tanker Owners Pollution Federation Limited (ITOPF), grupo especializado em desastres ambientais, o plâncton, do qual se alimentam diversos seres aquáticos, é claramente contaminado pelo petróleo em pesquisas laboratoriais. Entretanto, esses organismos são difíceis de serem estudados em seu próprio habitat, o que torna difícil mensurar os danos.
A coordenadora do Greenpeace lembra que o acidente não poderia ter ocorrido em momento pior. O mês de abril é temporada de reprodução de peixes, pássaros, tartarugas e outras criaturas marinhas no local. Por instinto, os bichos tendem a se assentar e, com isso, não conseguem fugir a tempo de se salvar. Segundo afirmam pesquisadores, 90% de todas as espécies marinhas do Golfo do México fazem uso das regiões costeiras e dos estuários do Rio Mississipi ao menos uma vez na vida para reprodução.
Ave coberta de petróleo é resgatada após vazamento no Golfo do México
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sábado, 1 de maio de 2010
Helicópteros da ONU resgatam bebês gorilas no Congo
Tropas da Organização das Nações Unidas (ONU) usaram helicópteros para resgatar bebês gorilas numa zona de conflito onde eram ameaçados de serem capturados ou devorados.
Trata-se de gorilas das planícies do leste, uma espécie que vive apenas na República Democrática do Congo e está classificada como "ameaçada" pela União Internacional para a Conservação da Natureza.
Os quatro gorilinhas, que haviam sido resgatados de traficantes de animais em várias partes do leste do Congo, uma zona infestada de rebeldes, viajaram na terça-feira de Goma para o Santuário Kasugho, na província de Kivu do Norte.
"Se você usa veículos (terrestres), há grande chance de perder os animais, porque eles estão traumatizados. Usamos aeronaves porque realmente queríamos reduzir o nível de estresse deles", explicou à reportagem Benoit Kisuki, diretor da Conservação Internacional no Congo.
Kisuki disse que o resgate aéreo é parte de um projeto mais amplo para o combate ao comércio ilegal de bebês gorilas, problema intensificado nos últimos anos com a proliferação de grupos armados e a constante insegurança no leste do Congo.
"O objetivo é reintroduzi-los no seu ambiente natural", acrescentou. Os gorilas costumam ser apanhados, traficados e vendidos por milhares de dólares no mercado mundial, onde são vistos como mascotes exóticos. Outros são mortos e vendidos na própria região como "carne de caça".
O centro de pesquisas de Kasugho preparou uma área de 2 hectares onde os cientistas podem monitorar os gorilas nos seus preparativos para a volta à natureza. Seis outros animais, atualmente protegidos em Ruanda, devem ser embarcados em 10 de junho para se "socializarem" com o primeiro grupo, a fim de "formar uma família de dez" indivíduos, segundo Kisuki.
Os gorilas já viraram uma atração turística importante em Uganda e Ruanda, e podem no futuro se tornar um patrimônio econômico para o leste do Congo. Não há dados precisos sobre a quantidade de gorilas da planície do leste, e mais de 150 guardas florestais já foram mortos por caçadores nos cinco parques nacionais da região.
Um relatório patrocinado pela ONU disse no mês passado que os gorilas podem ficar quase extintos na Bacia do Grande Congo por volta de 2020, a não ser que sejam tomadas medidas urgentes para impedir a caça e proteger o habitat desses animais.
terça-feira, 13 de abril de 2010
2010 ANO DA BIODIVERSIDADE
O tema da biodiversidade ganha destaque no cenário internacional devido à décima Conferência das Partes da Convenção das Nações Unidas sobre Diversidade Biológica (COP-10/CDB), marcada para acontecer em Nagoya, Japão, em outubro deste ano.
As expectativas em torno da décima edição da COP estão altas, porque durante a conferência será avaliada a execução do plano estratégico da CDB – ou seja, será discutido se o mundo conseguiu cumprir a meta de reduzir a perda de biodiversidade.
Também será avaliada a parte relacionada a unidades de conservação (UCs) terrestres do Programa de Trabalho sobre Áreas Protegidas da CDB, o que depende da apresentação, por cada país signatário, de avaliações sobre seus sistemas de UCs.
Há muita expectativa também de que sejam tomadas decisões concretas sobre um tema até hoje pouco desenvolvido pelos países que integram a CDB: a repartição de benefícios provenientes da diversidade biológica.
Objetivos da CDB
A conservação da biodiversidade, o uso sustentável de seus componentes e a distribuição equitativa e justa dos benefícios advindos da utilização dos recursos genéticos são as três metas estabelecidas pela CDB para os países signatários. No caso brasileiro, o cumprimento de tais metas está diretamente relacionado ao combate ao desmatamento.
Por essa razão, o WWF-Brasil propõe que sejam investidos esforços e recursos, governamentais e não-governamentais, para reduzir o desmatamento a zero em todo o Brasil até 2015.
“A conservação da diversidade biológica é um dos temas de maior destaque do ano, e os olhos do mundo certamente se voltarão para o Brasil. Temos a sorte de abrigar em nosso território uma imensa riqueza biológica, mas temos também a responsabilidade de cuidar de sua preservação e sobrevivência”, afirma Cláudio Maretti, superintendente de conservação do WWF-Brasil.
Conheça o que o WWF-Brasil faz para proteger a Amazônia, a Mata Atlântica e o Pantanal.
Espécies brasileiras ameaçadas
De acordo com o Ministério do Meio Ambiente, há cerca de 400 espécies da fauna brasileira ameaçadas de extinção. Dessas, sete são consideradas já extintas, como é o caso da arara-azul-pequena, que era encontrada em toda a Região Sul e no Mato Grosso do Sul. A lista de espécies da flora ameaçadas de extinção é ainda maior.
A extinção de espécies é um fenômeno natural que, normalmente, leva milhares ou até milhões de anos para ocorrer. No entanto, a ação humana vem acelerando esse processo, o que coloca os humanos na posição de principal agente da extinção de espécies.
Atualmente, as principais causas de extinção são a degradação e a fragmentação de ambientes naturais, causadas pela expansão urbana, agricultura, pecuária, poluição e incêndios. Esses fatores reduzem o habitat das espécies e provocam o isolamento de suas populações, com diminuição do fluxo gênico e aumento do risco de extinção.
Algumas das espécies-símbolo da riqueza biológica do Brasil estão sofrendo com nossas ações. A onça-pintada, a onça-parda, o gato-maracajá são exemplos de felinos que correm o risco de desaparecer de nosso território. Macaco-aranha, mico-leão-da-cara-preta, mico-leão-dourado e várias espécies de sagui também.
Nos ares, o risco de extinção recai sobre a arara-azul, a ararinha-azul, o gavião-cinza e algumas espécies papagaio, entre muitos outros. Há 55 espécies diferentes de borboletas na lista de ameaçadas. No cerrado, o lobo-guará é o símbolo das consequências da devastação. Nas águas, a baleia-franca, a baleia-jubarte e o peixe-boi são vítimas de caçadores.
Entre as plantas, estão desaparecendo algumas espécies de bromélias, o pau-rosa e o pinheiro-do-Paraná, também conhecido como araucária. Sucupira, aroeira, jequitibá, imbuia, angelim, mogno, cerejeira e outras árvores também já são difíceis de serem encontradas.
Veja a lista completa dos animais e das plantas ameaçados de extinção no Brasil.
Espécies ameaçadas no mundo
Todos os anos, o WWF-Estados Unidos divulga a lista dos 10 animais mais ameaçados do planeta. Este ano, a lista inclui cinco animais que estão sendo diretamente afetados pelo aquecimento global: o tigre, o urso polar, a morsa do Pacífico, o pinguim de Magellanic e a tartaruga-gigante.
Além dessas cinco espécies, também estão ameaçados o atum-bluefin, o gorila-das-montanhas, a borboleta-imperial, o panda e o rinoceronte-de-Java, cuja população está reduzida a apenas 60 indivíduos.
Chama a atenção o fato de que, entre os 10 animais mais ameaçados de extinção, encontram-se alguns dos mais belos e impressionantes do mundo. No Ano da Biodiversidade, o perigo de extinção dessas criaturas deve servir como apelo para que governos, ONGs e a sociedade em geral ampliem os esforços de conservação da diversidade biológica.
sexta-feira, 9 de abril de 2010
Hachikõ - Sempre ao seu lado....A História Real de um Amigo Fiel
Vida
Em 1924 Hachikō foi trazido a Tóquio pelo seu dono, Hidesaburō Ueno, um professor do departamento de agricultura da Universidade de Tóquio. O professor Ueno, que sempre foi um amante de cães, nomeou-o Hachi (Hachikō é o diminutivo de Hachi) e o encheu de amor e carinho. Hachikō acompanhava Ueno desde a porta de casa até a não distante estação de trens deShibuya, retornando para encontrá-lo ao final do dia. A visão dos dois, que chegavam na estação de manhã e voltavam para casa juntos na noite, impressionava profundamente todos os transeuntes. A rotina continuou até maio do ano seguinte, quando numa tarde o professor não retornou em seu usual trem, como de costume. A vida feliz de Hachikō como o animal de estimação do professor Ueno foi interrompida por um acontecimento muito triste, apenas um ano e quatro meses depois. Ueno sofrera um AVC na universidade naquele dia, nunca mais retornando à estação onde sempre o esperara Hachikō.
Em 21 de Maio de 1925, o professor Ueno sofreu um derrame súbito durante uma reunião do corpo docente e morreu. A história diz que na noite do velório, Hachikō, que estava no jardim, quebrou as portas de vidro da casa e fez o seu caminho para a sala onde o corpo foi colocado, e passou a noite deitado ao lado de seu mestre, recusando-se a ceder. Outro relato diz como, quando chegou a hora de colocar vários objetos particularmente amados pelo falecido no caixão com o corpo, Hachikō pulou dentro do caixão e tentou resistir a todas as tentativas de removê-lo.
Mas é depois disso que a parte realmente triste da história começa. Depois que seu dono morreu, Hachikō foi enviado para viver com parentes do professor Ueno, que morava em Asakusa, no leste de Tóquio. Mas ele fugiu várias vezes e voltou para a casa em Shibuya, e quando um ano se passou e ele ainda não tinha se acostumado à sua nova casa, ele foi dado ao ex-jardineiro do Professor Ueno, que conhecia Hachi desde que ele era um filhote. Mas Hachikō fugiu daquela casa várias vezes também. Ao perceber que seu antigo mestre já não morava na casa em Shibuya, Hachikō ia todos os dias à estação de Shibuya, da mesma forma como ele sempre fazia, e esperou que ele voltasse para casa. Todo dia ele ia e procurava a figura do professor Ueno entre os passageiros, saindo somente quando as dores da fome o obrigavam. E ele fez isso dia após dia, ano após ano, em meio aos apressados passageiros. Hachikō esperava pelo retorno de seu dono e amigo.
A figura permanente do cão à espera de seu dono atraiu a atenção de alguns transeuntes. Muitos deles, frequentadores da estação de Shibuya, já haviam visto Hachikō e o professor Ueno indo e vindo diariamente no passado. Percebendo que o cão esperava em vão a volta de seu mestre, ficaram tocados e passaram então a trazer petiscos e comida para alivar sua vigília.
Por 10 anos contínuos Hachikō aparecia ao final da tarde, precisamente no momento de desembarque do trem na estação, na esperança de reencontrar-se com seu dono.
Hachikō finalmente começou a ser percebido pelas pessoas na estação de Shibuya. Naquele mesmo ano, um dos fiéis alunos de Ueno viu o cachorro na estação e o seguiu até a residência dos Kobayashi, onde conheceu a história da vida de Hachikō. Coincidentemente o aluno era um pesquisador da raça Akita, e logo após seu encontro com Hachikō, publicou um censo de Akitas no Japão. Na época haviam apenas 30 Akitas puro-sangue restantes no país, incluindo Hachikō da estação de Shibuya. O antigo aluno do Professor Ueno retornou frequentemente para visitar o cachorro e durante muitos anos publicou diversos artigos sobre a marcante lealdade de Hachikō.
Sua história foi enviada para o Asahi Shinbun, um dos principais jornais do país, que foi publicada em setembro de 1932. O escritor tinha interesse em Hachikō, e prontamente enviou fotografias e detalhes sobre ele para uma revista especializada em cães japoneses. Uma foto de Hachikō tinha também aparecido em uma enciclopédia sobre cães, publicada no exterior. No entanto, quando um grande jornal nacional assumiu a história de Hachikō, todo o povo japonês soube sobre ele e se tornou uma espécie de celebridade, uma sensação nacional. Sua devoção à memória de seu mestre impressionou o povo japonês e se tornou modelo de dedicação à memória da família. Pais e professores usavam Hachikō como exemplo para educar crianças.
Em 21 de Abril de 1934, uma estátua de bronze de Hachikō, esculpida pelo renomado escultor Tern Ando, foi erguida em frente ao portão de bilheteria da estação de Shibuya, com um poema gravado em um cartaz intitulado "Linhas para um cão leal". A cerimônia de inauguração foi uma grande ocasião, com a participação do neto do professor Ueno e uma multidão de pessoas. Pelo país afora a fama de Hachi se espalhou e a raça Akita cresceu. Hachi foi convidado várias vezes para aparecer como um convidado em mostras de cães, também miniaturas e cartões postais dele começaram a ser feitos.
Porém, mais tarde, a figura e lenda de Hachikō foi distorcida e usada como símbolo de lealdade ao Estado, aparecendo em propagandas que difundiam o fanatismo nacionalista que acabaram levando o país à Segunda Guerra Sino-Japonesa, no final da década de 1930 e também à Segunda Guerra Mundial. Lamentavelmente, a primeira estátua foi removida e derretida para armamentos durante a Segunda Guerra Mundial, em abril de 1944. No entanto, em 1948 uma réplica foi feita por Takeshi Ando, filho do escultor original, e reintegrada no mesmo lugar da anterior, em uma cerimônia em 15 de agosto. Esta é a estátua que está ainda hoje na Estação de Shibuya e é um ponto de encontro extremamente famoso e popular.
[editar]Morte
A fama repentina de Hachikō fez pouca diferença para a sua vida, pois ele continuou exatamente da mesma maneira como antes. Todo dia, ele partia para a estação de Shibuya e esperava lá pelo Professor Ueno para voltar pra casa. Em 1929, Hachikō contraiu um caso grave de sarna, que quase o matou. Devido aos anos passados nas ruas, ele estava magro e com feridas das brigas com outros cães. Uma de suas orelhas já não se levantava mais, e ele já estava com uma aparência miserável, não parecendo mais com a criatura orgulhosa e forte que tinha sido uma vez. Ele poderia ter sido confundido com qualquer cão mestiço.
Como Hachiko envelheceu, tornou-se muito fraco e sofria de problemas no coração (heartworms). Na madrugada de 8 de março de 1935, com idade de 11 anos,ele deu seu último suspiro em uma rua lateral à estação de Shibuya. A duração total de tempo que ele tinha esperado, saudoso, seu mestre, foi de nove anos e dez meses. A morte de Hachikō estampou as primeiras páginas dos principais jornais japoneses, e muitas pessoas ficaram inconsoláveis com a notícia. Um dia de luto foi declarado.
Seus ossos foram enterrados em um canto da sepultura do professor Ueno (no Cemitério Aoyama, Minami-Aoyama, Minato-ku, Tóquio), para que ele finalmente se reencontrasse com o mestre a quem ele havia ansiado por tantos anos. Sua pele foi preservada, e uma figura empalhada de Hachikō pode ainda ser vista no Museu Nacional de Ciências em Ueno.
Todo dia 8 de Abril é realizada uma cerimônia solene na estação de trem, em homenagem à história do cão leal.
A lealdade dos cães da raça Akita já era conhecida pelo povo japonês há muito tempo. Em uma certa região do Japão, incontáveis são as histórias de cães desta raça que perderam suas vidas ao defenderem a vida de seu proprietários.
Onde quer que estejam e para aonde quer que vão, têm sempre "um dos olhos" voltados para aqueles que deles cuidam. Por causa desse zelo, o Akita se tornou Patrimônio Nacional do povo japonês, tendo sido proibida sua exportação.
Se algum proprietário não tiver condições financeiras de manter seu Akita, o governo japonês assume sua guarda.
Devido a todas suas qualidades, uma das províncias japonesas recebe seu nome, Akita-Ken.
segunda-feira, 29 de março de 2010
Rejeitada proposta americana de banir comércio do urso polar - UMA VERGONHA!
Os Estados Unidos queriam uma "abordagem preventiva", destacando que para a Cites, a espécie é considerada "vulnerável", com um declínio de 30% de suas populações nos últimos 45 anos.
Jane Lyder, chefe da delegação americana, afirmou que até 700 ursos polares são mortos ilegalmente ao ano, em particular na Rússia.
Estima-se que haja entre 20 e 25 mil ursos polares vivendo entre Canadá, Groenlândia, Noruega, Rússia e o estado americano do Alasca. Eles são mortos, sobretudo, por causa de sua pele, dos dentes e dos ossos, ou são usados como troféus de caça.
Mas a maioria dos países participantes da conferência da Cites na capital do Qatar concordou que o derretimento das geleiras, provocado pelo aquecimento global, é a principal ameaça ao animal.
O Canadá argumenta que apenas 2% dos ursos polares "são comercializados a cada ano" e que este número se mantém estável.
Cerca de 300 ursos polares são comercializados internacionalmente a cada ano, sobretudo por povos indígenas, 210 deles por comunidades inuits do Canadá. A Groenlândia impôs uma proibição total às exportações de urso em 2008.
O urso polar está inscrito desde 1975 no apêndice 2 da convenção sobre Comércio Internacional de Espécies Ameaçadas da Flora e da Fauna Selvagens, que permite um comércio controlado.
A inclusão no apêndice 1, como queriam os Estados Unidos, teria proibido totalmente as exportações da espécie.
"Foi uma oportunidade perdida, a última chance para responder às ameaças que o urso polar enfrenta", disse Jeff Flocken, diretor do grupo conservacionista Fundo Internacional para o Bem-estar dos Animais (Ifaw, sigla em inglês).
A Cites, da qual fazem parte 175 países, celebra até 25 de março uma conferência, durante a qual serão votadas dezenas de medidas a respeito do comércio de marfim, tubarões e corais, entre outras plantas e animais.